quinta-feira, 10 de junho de 2010

Coisas que nunca escrevi sobre a memória!

Ando com os sentimentos à flor da pele. Coisas que passam pela cabeça e me fazem repensar toda uma vida, ainda que eu não tenha vivido muito, que eu seja muito nova, como diz minha mãe.

É estranho, no momento pelo qual estou passando, olhar para trás e ver coisas que foram boas que me ensinaram a crescer, mas que hoje estão na minha cabeça de uma forma que só sei descrever como sendo “uma lembrança que não parece ser minha”.

Passei por tantas turbulências, a partir dos 15 anos, desde uma séria depressão, namoros, amizades que se formaram até a amigos que eu julgava serem os melhores e não eram quem eu esperava.

Mas nada disso, ou pelo menos a maioria ainda é memória dentro de mim. Minha cabeça criou um modo de proteção para os meus sentimentos, de tal forma que, tudo o que eu me lembro hoje não me parece ser algo do qual eu já fiz parte, não me parecem lembranças que vivi, não me parecem dores minhas. Olho para certas coisas e sei que elas estiveram lá, mas minha cabeça criou uma espécie de arquivo morto para essas coisas.

Até onde é bom se afastar dessas memórias? Até que ponto é bom esquecer? Será que alguém sabe essas respostas?

Ultimamente eu só sei de uma coisa. O que estou sentindo hoje, o que passei, principalmente nos últimos dois anos, são coisas que quero poder ter saúde física e mental para levar até a velhice.

Quero poder me lembrar dessas pessoas, desse inicio de vida adulta, de um amor, um casamento que me marcou e me fez, em boa parte, me tornar como sou hoje, coisas que me fizeram e me fazem crescer a cada dia. Lições que eu pretendo levar comigo sempre.

Hoje, depois de uma conversa com alguém muito especial pra mim, vi que a vida também é feita de memórias. São elas que nos fazem dar valor a coisas, que nos fazem não repetir erros e pensar antes de escolher um caminho a seguir.

Agora é olhar pra frente e criar novas memórias, de preferência boas! Pode ser que nelas apareçam lugares e pessoas antigas, mas a sua postura tem sempre que fazer essa memória, esse dia, esse momento, superarem aquele anteriormente vivido. Para ai sim, ficar viva na lembrança.

0 comentários:

Postar um comentário